Chicago também fecha semana com altas com expectativa melhor de demanda nos EUA
O analista da Céleres Consultoria, Enilson Nogueira, destaca que este é um momento em que o mercado está “voando no escuro” sem os reportes oficiais de andamento de colheita e vendas por parte do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos).
Neste cenário, a expectativa do mercado de que haja uma melhor na demanda por milho dos Estados Unidos é o que está trazendo valorizações para as cotações da CBOT nesta reta final de semana. Na visão do analista, mesmo que a oferta tenha crescido nesta temporada, a demanda está trazendo certo equilíbrio ao mercado.
O vencimento dezembro/25 foi cotado a US$ 4,22 com alta de 0,75 ponto, o março/26 valeu US$ 4,36 com ganho de 1 ponto, o maio/26 foi negociado por US$ 4,45 com valorização de 1,25 ponto e o julho/26 teve valor de US$ 4,50 com elevação de 1,25 ponto.
Esses índices representaram ganhos, com relação ao fechamento da última quinta-feira (16), de 0,18% para o dezembro/25, de 0,23% para o março/26, de 0,28% para o maio/26 e de 0,28% para o julho/26.
No acumulado semanal, os vencimentos do cereal norte-americano registraram valorizações de 2,30% para o dezembro/25, de 1,75% para o março/26, de 1,60% para o maio/26 e de 1,46% para o junho/26, com relação ao fechamento da última sexta-feira (10).
variação semanal milho cbot
Mercado Interno
Os preços futuros do milho também tiveram uma sexta-feira positiva nas movimentações da Bolsa Brasileira (B3).
Nogueira explica que, passado o período de colheita da segunda safra brasileira, o mercado começa a olhar para fatores de demanda tendo mais peso na composição de preços. Além disso, a desvalorização do real ante ao dólar nos últimos dias também ajudou a trazer suporte para os preços do milho no Brasil.
O analista da Céleres Consultoria destaca ainda que os dados de exportação do Brasil começaram a ficar mais positivos, com o encerramento de setembro/25 acima do registrado em 2024 e em anos anteriores. Esse movimento externo também atua para reforçar a demanda aquecida neste momento para o cereal brasileiro.
Olhando para a sequência, Nogueira aponta o bom desenvolvimento das lavouras de milho verão 2025/26 e as boas expectativas de plantio para a segunda safra de 2026. Sendo assim, as projeções são de aumento dos estoques com o cereal e margens mais apertadas para os produtores brasileiros nesta próxima temporada.
No mercado físico brasileiro, o preço da saca de milho subiu neste último dia da semana. O levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas identificou valorizações nas praças de Jataí/GO, Rio Verde/GO, Maracaju/MS, Campo Grande/MS, Itapetininga/SP, Campinas/SP e Porto de Santos/SP.
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Tags: Milho Agronegócio Agricultura
Por: Guilherme Dorigatti
Fonte: Notícias Agrícolas