Competitividade do milho dos EUA pressiona exportações
Segundo análise divulgada pela Grão Direto nesta segunda-feira (11), o Brasil embarcou 8,42 milhões de toneladas de milho até o final de julho, frente à meta anual de 43 milhões de toneladas. Restam 34,58 milhões de toneladas a serem exportadas nas 19 semanas restantes do ano, o que exigiria um ritmo médio de 1,82 milhão de toneladas por semana. “A recuperação do ritmo exportador depende do bom andamento da colheita da segunda safra, da liberação dos portos e da competitividade do milho brasileiro frente ao norte-americano”, avaliou a consultoria. Atualmente, o produto dos Estados Unidos mantém maior atratividade no mercado internacional.
As previsões climáticas indicam que, nos próximos 15 dias, as chuvas devem se concentrar nas regiões Norte e Sul do Brasil, enquanto as demais áreas terão volumes baixos e bem distribuídos. Nos Estados Unidos, o clima segue favorável ao desenvolvimento das lavouras, com precipitações abrangendo grande parte do território. A região centro-oeste de Iowa, incluindo partes de Illinois e Missouri, pode registrar volumes expressivos, com risco pontual de alagamentos, dependendo da intensidade. Em geral, o cenário permanece dentro da média histórica.
A Grão Direto avalia que a demanda pelo milho brasileiro deve seguir pressionada pela competitividade do cereal norte-americano. Entretanto, o segundo semestre costuma registrar aquecimento nas exportações, o que pode impulsionar a demanda e influenciar os preços no mercado interno.
AGROLINK – Seane Lennon