Embargo por Newcastle pode afetar até 7% da produção brasileira de frango, diz ABPA

CENÁRIO

O presidente da ABPA, Ricardo Santin, destaca que, com o embargo, pode haver uma sobra maior de produtos no mercado interno

 

A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) estimou nesta sexta-feira que o embargo de países importadores devido ao foco de Doença de Newcastle no Rio Grande do Sul pode afetar de 5% a 7% da produção brasileira de carne de frango.

presidente da ABPA, Ricardo Santin, informa que o Brasil possui uma expectativa de produção de 1,2 milhão de toneladas de carne de frango nos próximos dois meses e que o impacto dos embargos poderá chegar a um volume de 50 a 60 mil toneladas. Esses volumes não seriam necessariamente represados ​​no mercado interno, pois poderiam ser redirecionados para outros mercados que não foram embargados, explica.

Santin destaca que, com o embargo, pode haver uma sobra maior de produtos no mercado interno, mas não a ponto de trazer riscos de um excesso de oferta e de mudança nos atuais patamares de preços.

No caso das exportações, o impacto da Doença de Newcastle poderia atingir até 15% dos embarques brasileiros, levando em conta um volume previsto mensal da ordem de 430 mil toneladas.

Rio Grande do Sul

No caso do Rio Grande do Sul, o presidente da ASGAV, José Eduardo dos Santos, sinalizou que o estado produz em cerca de 160 mil toneladas mensais de carne de frango e exporta cerca de 60 mil toneladas. A entidade prevê que o impacto gerado pela Doença de Newcastle possa atingir em torno de 5% da produção total do estado e 15% do volume exportado.

Tanto a ABPA quanto a ASGAV sinalizaram que o prazo do embargo dependerá de cada país comprador, podendo durar mais ou menos tempo. Normalmente se fala em um tempo de 21 dias a partir do prazo de despovoamento da granja afetada e da destruição da granja atingida, explica Santin. Ele acrescenta que os prazos de reabertura dos mercados ocorrem gradativamente, à medida que as informações são levadas aos países importadores.

Santos destaca que foram realizados 12 testes em 7 mil aves que morreram com a enfermidade na granja de Anta Gorda e apenas um deu positivo para a doença, embora nenhuma outra ave da propriedade tenha apresentado suspeitas clínicas de enfermidade. Também foi realizado o sacrifício sanitário de outras 7 mil aves, a partir de um processo de despovoamento e destruição da propriedade.

Santin ressalta que a origem da doença pode estar atrelada a uma chuva de granizo que atingiu a propriedade, seguida por dias seguidos de frio, o que pode ter desencadeado o processo da doença, que teria surgido por meio de contato de uma ave com um pombo .

Santos detalha que há uma seriedade muito grande por parte das autoridades sanitárias do Serviço Oficial e Federal, bem como das indústrias, do Ministério da Agricultura e da Secretaria de Agricultura do Rio Grande do Sul, para trazer informações a respeito do caso da Doença de Newcastle não estado.

Santin afirma que o achado ocasional desse caso mostra que o sistema de defesa sanitária do Rio Grande do Sul e do Brasil funcionou para demonstrar que está sendo feito todo um trabalho eficaz para solucionar mais rapidamente o problema, envolvendo a segurança alimentar tanto da população brasileira quanto dos países para os quais o Brasil exporta.

Agência Safras

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