Produtor de trigo deve vender nas altas

Entre os fatores de alta estão o risco de guerra no Oriente Médio

Entre os fatores de alta estão o risco de guerra no Oriente Médio – Foto: Paulo kurtz/ Embrapa

Segundo a TF Agroeconômica, os produtores de trigo devem aproveitar as oportunidades de lucro ainda disponíveis na safra atual, já que os melhores momentos ficaram para trás. A recomendação é vender nas altas para garantir margens que hoje variam entre 6,08% a 8,8% no Paraná e cerca de 3,36% no Rio Grande do Sul. Para a próxima safra, a expectativa é de produção menor, mas os preços não devem superar a paridade de importação, limitando o ganho adicional. A partir de fevereiro de 2026, a oferta interna tende a seguir pressionada pelo preço do trigo argentino, cotado a cerca de R\$ 1.600/t na entressafra.

Para se proteger, o produtor precisará acompanhar de perto o câmbio e o cenário internacional, já que a cotação do dólar e os preços do trigo argentino influenciam diretamente o valor no mercado doméstico. Entre setembro de 2025 e fevereiro de 2026, os preços devem girar em torno de R\$ 1.400/t na região Oeste do Paraná, podendo subir até encostar na paridade de importação em fevereiro, quando o trigo nacional competirá diretamente com o produto argentino posto Paranaguá.

Entre os fatores de alta estão o risco de guerra no Oriente Médio, que pode levar países importadores a reforçar estoques; uma onda de calor nos EUA que ameaça o trigo de primavera, cuja qualidade já caiu de 72% para 53% bom/excelente em comparação ao ano anterior; a melhora da competitividade do trigo americano devido à queda de preços e à taxa dólar/euro favorável; além de estoques finais mais baixos, tanto nos EUA quanto no mundo, conforme o último relatório do USDA.

Por outro lado, fatores de baixa também se destacam: a colheita de inverno nos EUA avança, e a colheita no Hemisfério Norte começa a trazer volumes adicionais ao mercado, com perspectivas de boa produção na Europa, que aumentará a concorrência. No Brasil, a valorização do real, a queda no preço do trigo argentino e a menor moagem, devido à demanda enfraquecida, seguem pressionando as cotações, especialmente no Rio Grande do Sul.

AGROLINK – Leonardo Gottems

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