Soja registra alta em Chicago

Desafio para 2025/26 será administrar esse cenário de custos elevados


O mercado internacional da soja encerrou a semana com valorização. Na Bolsa de Chicago (CBOT), o preço do grão fechou o dia 24 de abril em US$ 10,53 por bushel, contra US$ 10,36 na semana anterior. A oscilação positiva foi influenciada pelas expectativas de um possível acordo comercial entre Estados Unidos e China, apesar da negação oficial por parte do governo chinês.

Segundo informações divulgadas pela Central Internacional de Análises Econômicas e de Estudos de Mercado Agropecuário – CEEMA, esse possível acordo reacendeu o apetite chinês pela soja norte-americana. Em março, as compras da China somaram 2,44 milhões de toneladas de soja dos EUA, aumento de 12% em relação ao mesmo mês de 2024. O movimento foi impulsionado por compras antecipadas, diante da sinalização de tensão comercial com a reeleição de Donald Trump.

Enquanto isso, o Brasil perdeu espaço no mercado chinês. Ainda em março, as importações de soja brasileira despencaram 69%, totalizando apenas 950 mil toneladas, o menor volume desde 2008. Com isso, no acumulado do primeiro trimestre de 2025, os EUA responderam por 68% das importações chinesas, enquanto o Brasil ficou com apenas 26% do mercado.

O plantio da nova safra nos Estados Unidos também evolui acima da média. Até o dia 20 de abril, 8% da área havia sido semeada, contra média histórica de 5%, de acordo com o USDA. Essa antecipação reforça a perspectiva de uma boa safra para o país, o que tende a sustentar o apetite da China pelas cargas norte-americanas.

No Brasil, o cenário é de pressão sobre os preços. O câmbio, que atingiu R$ 5,67 por dólar, e a colheita recorde da oleaginosa contribuem para a desvalorização interna. Os preços médios nas principais praças do país oscilaram entre R$ 106,00 e R$ 123,00 por saca, com média de R$ 127,24 no Rio Grande do Sul.

Com margens apertadas, produtores brasileiros enfrentam aumento nos custos de produção. No Mato Grosso, o custeio da nova safra subiu para R$ 4.118,61 por hectare, segundo o Imea. O desafio para 2025/26 será administrar esse cenário de custos elevados e prêmios pressionados, apostando em estratégias como comercialização por médias de preços.

AGROLINK – Aline Merladete

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