Na Argentina, o cenário também é desafiador
Com isso, os contratos futuros de soja para novembro subiram 4¢ – Foto: USDA
Os futuros da soja nos Estados Unidos registraram uma leve alta durante as negociações noturnas, impulsionados por preocupações climáticas na América do Sul. Segundo a consultoria Safras & Mercado, apenas 0,5% da safra de soja foi semeada no Brasil até a semana passada, uma queda em relação ao mesmo período do ano anterior, quando 1,6% da área já havia sido plantada. O clima quente e seco tem dificultado o avanço da semeadura, o que gera incertezas no mercado. As chuvas recentes aliviaram parte das áreas produtoras do sul do Brasil, mas a previsão é de precipitações irregulares nas próximas semanas, o que pode continuar atrasando o plantio.
Na Argentina, o cenário também é desafiador, com o tempo seco persistindo e se expandindo para até dois terços das áreas de milho e trigo, conforme relatado pelo Commodity Weather Group. Nos Estados Unidos, o Departamento de Agricultura (USDA) informou que 13% da colheita de soja já foi realizada, enquanto 65% da lavoura está em boas ou excelentes condições. No milho, 14% da safra foi colhida e 61% está madura, com 65% das plantações também em boas ou excelentes condições. Já o trigo de primavera está praticamente todo colhido, com 96% armazenado, e o plantio de trigo de inverno avança com 25% já no solo.
Com isso, os contratos futuros de soja para novembro subiram 4¢, fechando a US$ 10,43 1/4 o bushel na Chicago Board of Trade. O farelo de soja também teve alta de US$ 1,20, atingindo US$ 329,90 por tonelada curta, enquanto o óleo de soja subiu 0,51¢, cotado a 42,35¢ por libra. Em contrapartida, o milho e o trigo tiveram leves quedas, com os contratos futuros de milho caindo 1/4¢, para US$ 4,13 1/4 o bushel, e os de trigo para dezembro recuando 1/4¢, fechando a US$ 5,82 1/4 o bushel.
AGROLINK – Leonardo Gottems