Demanda cresce por óleo de soja
De acordo com dados da edição de setembro do boletim Agro em Dado da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), a oferta mundial recorde de soja na temporada 2023/24 e as projeções de alta disponibilidade para 2024/25, juntamente com variação negativa do dólar frente ao real em agosto, resultaram na desvalorização das cotações da soja tanto no mercado brasileiro quanto no internacional na primeira quinzena do mês.
No acumulado de exportações de janeiro a julho, o Brasil registrou um aumento de 3,0% no volume exportado de produtos do complexo soja em comparação ao mesmo período de 2023. No entanto, o valor arrecadado caiu 15,4%, refletindo a desvalorização da oleaginosa no mercado externo.
O óleo de soja, por sua vez, teve valorização no mercado nacional em julho, impulsionado pela maior demanda de indústrias de biodiesel. Esse foi o mês com maior volume de embarques em 2024, totalizando 207,7 mil toneladas, um aumento de 48,9% em relação a junho, com receita de US$196,7 milhões.
Em Goiás, terceiro maior exportador de óleo de soja do Brasil, foram embarcadas 106,8 mil toneladas entre janeiro e julho de 2024, somando US$97,7 milhões, representando quedas de 22,1% no volume e 32,2% no valor em relação ao mesmo período do ano anterior. Abril foi o mês de destaque, com 25,5 mil toneladas exportadas e faturamento de US$22,5 milhões, impulsionado pela valorização do dólar.
O farelo de soja também teve impacto. De janeiro a julho, o Brasil exportou 13,3 milhões de toneladas, com um aumento de 3,6% em volume, mas uma queda de 14,3% no valor, totalizando US$5,7 bilhões. Goiás, quarto no ranking nacional, embarcou 1,5 milhão de toneladas, ao valor de US$668,9 milhões, recuando 15,8%.
AGROLINK – Seane Lennon