LEVANTAMENTO
Preço do hectare de terra para agricultura cai no Paraná; confira
A principal causa para a queda foi a menor rentabilidade da soja, principal referência para a comercialização de terras no estado
O preço das terras agricultáveis no Paraná, classificadas no grupo A, teve uma redução média de 5% no último ano, segundo levantamento do Departamento de Economia Rural (Deral) divulgado nesta segunda-feira (29).
A principal causa para a queda dos preços foi a menor rentabilidade da soja, principal referência para a comercialização de terras no estado.
Em março de 2023, o preço da saca de soja era de R$ 149,15, enquanto em março deste ano caiu para R$ 105,72, uma baixa de 29%.
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Já o custo de produção da mesma saca diminuiu de R$ 122 para R$ 107,22 no mesmo período, representando uma redução de 12%.
Terra ainda é um bom investimento, diz Deral
De acordo com o coordenador da Divisão de Conjuntura do Deral, Carlos Hugo Godinho, o que realmente importa para o produtor é o lucro que ele obtém da propriedade, não apenas o preço final do produto.
“A terra é um ativo muito importante e o que vale é a capacidade de retorno financeiro ao produtor”, diz.
Godinho ainda ressalta que, mesmo em um ano ruim como 2023, os produtores que conseguiram manter a produção dentro da normalidade tiveram lucratividade e a garantia de um bom preço para suas terras.
Valores variam de acordo com região e solo
O levantamento do Deral mostra que o preço das terras varia bastante de acordo com a região e a qualidade do solo.
O maior preço de terra da classe A-I, considerada a melhor por ser plana, fértil, bem drenada e profunda, foi verificado em Maringá, no Norte do Estado, com R$ 175 mil o hectare.
Já o menor valor nesse mesmo grupo, na classe IV, que é de menor aptidão agrícola, mas ainda mecanizado, está em Adrianópolis, município do Vale do Ribeira, na Região Metropolitana de Curitiba, cujo hectare vale 20,5 mil.
A média dos preços das terras de soja varia entre R$ 41 mil e R$ 96 mil por hectare, dependendo das características específicas de cada região do estado.
Além das terras agricultáveis, o levantamento também incluiu o grupo B, destinado a pastagens ou reflorestamento, e o grupo C, com terras impróprias para agricultura.