Soja embaixo d’água pode reduzir produção do RS em até 5 milhões de toneladas
A colheita da soja atingiu 76% da área esperada para a safra 2023/24 no Rio Grande do Sul, de acordo com a Empresa de Assistência Técnica Rural do estado (Emater-RS).
Isso significa que dos 6.673 milhões de hectares dedicados à oleaginosa, 1,6 milhão ainda estão nas lavouras. E pelas fortes chuvas que atingiram o território gaúcho, muitas dessas áreas podem estar debaixo d’água.
Por conta deste cenário, a Associação dos Produtores de Soja do Rio Grande do Sul (Aprosoja-RS) já sinaliza que a perda dessas lavouras será quase total.
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No entanto, para o analista da Cogo Inteligência em Agronegócio, Carlos Cogo, ainda é cedo para avaliar o quanto da área está inundada. “Como as chuvas ainda não cessaram é impossível fazer qualquer estimativa mais precisa neste momento”, pondera.
Em linha com o raciocínio de Cogo, o consultor de Safras & Mercado, Luiz Fernando Gutierrez Roque, avalia que é muito cedo para falar de perdas consolidadas porque, justamente, o clima não permite pesquisas em campo.
Contudo, ele já arrisca a quantidade de produção que pode estar comprometida pelo geande volume de chuva que atinge o Rio Grande do Sul.
“Como ainda temos cerca de 25% da área para ser colhida, estimamos que entre quatro e cinco milhões de toneladas estão em risco, o que não significa que essa quantidade foi perdida, mas há, sim, potencial para essa perda”.
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Segundo Roque, o mais provável é que os produtores do estado não consigam colher certas áreas e que muitas outras sejam retiradas com excesso de umidade e com grãos ardidos, o que deve penalizar produtores que ainda conseguirem retirar parte da produção do solo.
“Podemos afirmar, por enquanto, que a estimativa de produção da Safras será revisada para baixo nos próximos dias. Não devemos mais trabalhar com uma safra recorde para o Rio Grande do Sul. Estávamos projetando uma temporada de 22,7 milhões de toneladas e esse número deve ser revisado para baixo, mas ainda é cedo para dizer o quão para baixo”, destaca Roque
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Colheita no estado atingiu 76% da área, o que significa que 1,6 milhões de hectares podem estar inundados